Engraçado...
Às vezes a gente se esforça pra ser alguém de sucesso, vencer nessa vida. E pra chegar lá, trabalha, estuda muito, aprende com o dia-a-dia, ouve conselhos, muda o ritmo, muda até mesmo opiniões, mas basta ter uma qualidade pouco desenvolvida (pra não dizer aqui uns defeitinhos) e você está fadado à rotulagem pro resto da vida.
É... eu tenho rótulos...
Um deles, que eu nunca liguei muito, era a minha inabilidade natural com os números.
Costumava dizer que tinha feito magistério e jornalismo porque não havia números – até os capítulos dos livros que lia eram letras, ou seja, algarismos romanos!
Porém, eu gostava de ler sobre economia e os números estavam lá, ao lado de siglas, retratando o cenário da época.
Acontece que a vida acaba nos empurrando para uns caminhos estranhos e, numa dessas estradas, desemboquei em uma assessoria de imprensa e atendi um cliente que divulgava dados de seu negócio.
No começo parecia impossível. Algum tempo depois, essa tinha se tornado minha especialidade.
Desenvolvi uma certa habilidade com os números e índices da nossa economia, passei a “ler” notícia em cada informação de investimentos, exportação, mercado interno, PIB, IPCA, IGPM, dados Nielsen,, comparações de período, enfim, tudo o que chegava direto do cliente, se transformava em texto em minhas mãos.
Acredito que, boa parte dessa “habilidade” esteja liga à memória. Explico: tenho uma excelente memória – guardo lembranças de coisas que nem eu mesmo sei porquê, mas que já me salvaram em muitos casos. Mas tem outra memória em jogo aqui...
Ao contrário de mim, meu pai e meu irmão sempre foram irrepreensíveis com números. O Fábio principalmente. Fez curso técnico de mecânica, formou-se em comércio exterior, trabalhou em mesas de câmbio, operou negócios internacionais. Mas nunca conseguiu tirar mais do que a média em português, inglês e história.
E eu lá... aprendendo, dentro da minha humildade e reconhecimento da minha falta de aptidão. Porém, melhorando e lendo mais a cada dia.
Aliás, outro dia mesmo, conversando com uma amiga que estava investindo na bolsa, confidenciei que adoraria entender esse mercado. Ela, outra apaixonada por números, sugeriu que eu fizesse um curso da Bovespa. Até cheguei a procurar, mas estava meio caro para mim.
E hoje, depois de ter escrito um texto muito bom, sobre uma pesquisa setorial, em que eu pesquisei números e comportamento do mercado, argumentei com dados recentes, divulgados pelo governo, comentei durante o jantar a respeito da minha vontade de fazer o tal curso da Bovespa.
E ouvi do meu irmão que me faltava capacidade para isso.
É... certos rótulos jamais descolarão... mesmo que a gente venha colocar uma etiqueta por cima ou aplicarmos removedor, eles ficarão lá, colados na nossa história.
Às vezes a gente se esforça pra ser alguém de sucesso, vencer nessa vida. E pra chegar lá, trabalha, estuda muito, aprende com o dia-a-dia, ouve conselhos, muda o ritmo, muda até mesmo opiniões, mas basta ter uma qualidade pouco desenvolvida (pra não dizer aqui uns defeitinhos) e você está fadado à rotulagem pro resto da vida.
É... eu tenho rótulos...
Um deles, que eu nunca liguei muito, era a minha inabilidade natural com os números.
Costumava dizer que tinha feito magistério e jornalismo porque não havia números – até os capítulos dos livros que lia eram letras, ou seja, algarismos romanos!
Porém, eu gostava de ler sobre economia e os números estavam lá, ao lado de siglas, retratando o cenário da época.
Acontece que a vida acaba nos empurrando para uns caminhos estranhos e, numa dessas estradas, desemboquei em uma assessoria de imprensa e atendi um cliente que divulgava dados de seu negócio.
No começo parecia impossível. Algum tempo depois, essa tinha se tornado minha especialidade.
Desenvolvi uma certa habilidade com os números e índices da nossa economia, passei a “ler” notícia em cada informação de investimentos, exportação, mercado interno, PIB, IPCA, IGPM, dados Nielsen,, comparações de período, enfim, tudo o que chegava direto do cliente, se transformava em texto em minhas mãos.
Acredito que, boa parte dessa “habilidade” esteja liga à memória. Explico: tenho uma excelente memória – guardo lembranças de coisas que nem eu mesmo sei porquê, mas que já me salvaram em muitos casos. Mas tem outra memória em jogo aqui...
Ao contrário de mim, meu pai e meu irmão sempre foram irrepreensíveis com números. O Fábio principalmente. Fez curso técnico de mecânica, formou-se em comércio exterior, trabalhou em mesas de câmbio, operou negócios internacionais. Mas nunca conseguiu tirar mais do que a média em português, inglês e história.
E eu lá... aprendendo, dentro da minha humildade e reconhecimento da minha falta de aptidão. Porém, melhorando e lendo mais a cada dia.
Aliás, outro dia mesmo, conversando com uma amiga que estava investindo na bolsa, confidenciei que adoraria entender esse mercado. Ela, outra apaixonada por números, sugeriu que eu fizesse um curso da Bovespa. Até cheguei a procurar, mas estava meio caro para mim.
E hoje, depois de ter escrito um texto muito bom, sobre uma pesquisa setorial, em que eu pesquisei números e comportamento do mercado, argumentei com dados recentes, divulgados pelo governo, comentei durante o jantar a respeito da minha vontade de fazer o tal curso da Bovespa.
E ouvi do meu irmão que me faltava capacidade para isso.
É... certos rótulos jamais descolarão... mesmo que a gente venha colocar uma etiqueta por cima ou aplicarmos removedor, eles ficarão lá, colados na nossa história.
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