segunda-feira, 23 de março de 2009

Um brinde!

Já escrevi aqui, anteriormente, sobre a importância dos amigos na minha vida.
Pra mim, essas pessoas que me acompanham há anos são mais importantes do que familiares, que vemos apenas em datas comemorativas. É incrível como afinidades entre pessoas tão distintas podem ser mais fortes do que laços de sangue!
Pois o último sábado, dia 21, serviu para confirmar essa tese.
Recebi aqui na minha casa cinco amigas, que pertencem à mesma turma, e que compartilham uma amizade maravilhosa há quase vinte anos. E tudo começou lá na praia, aonde somos vizinhas.
Na verdade, eu conheci a Juliana há 18 anos porque a minha mãe era amiga da mãe dela. A Ju era uma menininha tímida, com 11 ou 12 anos, mas uma fofa. Pouco tempo depois, conheci a Diana. Era mais agitada do que a Ju e, junto comigo, ajudou a formar o trio que é base de toda a nossa amizade.
Paralelamente, a Juliana era amiga de escola - desde pequena - da Melissa. Uma menininha linda, de olhos claros e sorriso largo. A Diana, por sua vez, conheceu a Gabriela durante uma viagem ao Nordeste.
Pronto! Estava formado o quinteto!!
Éramos fiéis amigas de baladas: aonde estava uma, certamente as outras estavam por perto. Sem contar que dividíamos tudo - desde a conta, pra não ficar pesado para ninguém, até mesmo angústias, choradeiras por causa de garotos, e muitas, mas muitas risadas.
Temos histórias hilárias para contar, que nos fazem rir até hoje, cada vez que lembramos das nossas peripécias.
Daí, há dez anos, chegou a Denise, que se juntou a nós, apresentada pelo irmão da Diana.
Nosso grupo finalmente estava formado. Formamos o 'Sexteto Fantástico'.
E, para comemorar a nossa amizade, convidei as meninas para virem almoçar aqui.
Foi muito bom, emocionante, engraçado, divertido e claro, apetitoso!! Aliás, se felicidade tivesse um rosto, naquele dia certamente teria a minha cara.
Providenciei saladas (porque a Melissa é vegetariana) de alface americana, radicchio, tomatinhos cereja, mussarela de búfala, palmito, agrião, rúcula e pedacinhos de manga. Também servi uma massa com molho ao sugo para agradar quem não come, peixe, carne, salada, aves... A Diana trouxe uma torta de limão digna de uma patisserie.
Ah! e como todo bom encontro precisar ter um brinde, não faltou Lambrusco (duas garrafas), um espumante (uma garrafa) e, claro, uma cervejinha (na verdade, seis garrafas).
Depois de toda essa bebida, brindamos a vida, a amizade, a minha casa nova, o amor e até mesmo erguemos um brinde ao Marco Luque, do CQC.
"Um brinde ao Marco Luque de cuecas", foi o nosso grito de guerra no momento de uma das fotos que tiramos (entre tantas outras que serviram para registrar nossa felicidade pelo encontro).
Enquanto ainda estávamos à mesa, peguei umas fotos antigas, de outros encontros e viagens nossas, para relembrar aventuras e histórias.
Vendo as imagens, chegamos à conclusão que o tempo não foi só generoso conosco no aspecto da aparência, mas sim, que o tempo foi decisivo para unir, cada vez mais, essas mulheres de vidas tão diferentes, mas tão iguais no sentido da amizade e do companheirismo.
Meninas, amo vocês!!
Ah! o próximo encontro já está marcado: será um churrasco na casa da Gabriela, dia 25 de abril. E até lá, vocês ainda vão ouvir falar muito dessa turma.
Porque não cabe o que tem de bom dentro de nós!!


da esquerda para a direita: Diana, Denise, Gabriela,
Juliana, Melissa e eu

quinta-feira, 19 de março de 2009

Eu quero Sol nesse jardim.


Mais um drops de felicidade na minha vida que, claro, tem a ver com a minha casa nova.
Trata-se da minha mais nova aquisição: três lindas floreiras com mudas de temperos e um belo vaso com um Ficus. Agora eu tenho alecrim, sálvia, tomilho, cebolinha, salsinha, hortelã, manjericão roxo e manjerona.
Na segunda-feira, quando fui levar as doações lá no C.O.T.I.C., resolvi parar em uma loja de plnatas na mesma rua. Na verdade, só parei porque vi mudinhas de temperos e ervas bem na porta. A cena foi de hipnotizar mesmo. Na hora parei o carro e entrei. E novamente fui hipnotizada por um Ficus.
Conclusão: comprei a árvore, um bebedouro para beija-flor, uma plaquinha de boas-vindas e as floreiras. Daí, o dono da loja veio entregar hoje.
Juro, parecia criança quando as plantas chegaram, tamanha a minha alegria.
Agora eu tenho o meu jardim!! Meu cantinho, minhas ervas, meus temperos, meus segredos. Tão declarados... mas tão meus...
Aliás, tô numa felicidade enorme, afinal, a casa tá começando a fica com a minha "cara".
A varanda já tem um novo aspecto. Também joguei fora as plantas velhas, que estavam secas, mortas. Eliminei vasos cheios de terra e sem vida alguma. Replantei o Boldo, arrumei um apoio para a primavera. Ainda falta uma cadeira gostosa e uma mesinha lateral. Mas o quadrinho para a parede já está na fase do verniz.
Estou recuperando um suporte para vasos, que será colocado na sala e comportará sete violetinhas floridas.
As minhas alstromérias voltaram pros vasos da mesa da sala de jantar. São sempre brancas, pra combinar com a toalha que eu trouxe de Olinda. Brancas para combinar com as aves que ladeiam as imagens de São Francisco de Assis, da minha coleção. Brancas para combinarem com a imensa paz que sinto hoje. Brancas como a próxima página da minha vida, que eu ainda escreverei.


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Eu quero sol nesse jardim
Quero a luz da manhã
E a mais perfeita de todas as canções
Quero a verdade no olhar
Eu quero amor sem fim
...a certeza de que você nasceu pra mim





terça-feira, 17 de março de 2009

Dar embora*.


Depois da mudança propriamente dita dos meus pais, passamos a efetuar outra aqui em casa.

Essa, porém, é nossa, e implica não só em valorese atitudes, mas na parte prática da coisa também.

Por isso, começamos a tirar dos armários aquilo que não queremos mais, roupas que não usamos, documentos que não têm mais validade, etc e tal.

Acontece que sobraram certas coisinhas dos meus pais por aqui... e essa tarefa foi realmente árdua para se concluir.

Bem, aqui no apartamento, temos um banheiro de empregada (que foi desativado há muito tempo) e um quarto de empregada que servia para acomodar desde uma geladeira, tábua de passar roupas, roupas para passar, brinquedos do Lucca e muita, mas muita tranqueira.

Durante duas semanas eu e o Fábio tiramos aos poucos aquilo que não nos interessava.

Lotei meu carro três vezes e levei tudo para o C.O.T.I.C., uma entidade que atente crianças órfãs e com problemas como hidrocefalia, paralisia cerebral, etc.

Faltava ainda a arrumação dos brinquedos do Lucca...

E eis que sexta-feira 13, logo após o almoço, dei início nesta "aventura". Acabei no sábado, às 17h, quando novamente enchi meu carro com os donativos.

Juro que não sabia que meu filho tinha tantos brinquedos. Juro também que fiquei com raiva de mim mesma por isso. Me bateu um sentimento de culpa imenso por ver toda aquela extravagância. Ou exagero, como preferirem.

Me dei conta que na minha ansiedade de suprir todas as necessidades (será????) do filho único da mãe solteira, acabei enveredando por um caminho de excessos e de consumismo. Aliás, a família inteira foi nessa onda também.

Conclusão: demos brinquedos intactos como trenzinhos (tipo Ferrorama), Laptop da HotWheels, coleções inteiras dos brindes do McDonald´s (que eu ganhava da agência em que trabalhava), bonequinhos, joguinhos, revistas Genius, Recreio, livros de história, CD´s com histórias narradas em português e em inglês. Sem contar os bichos de pelúcia que partiram dentro de duas cestas de vime (daquelas tipo cesta natalina enorme).

Enfim... levei tudo para o C.O.T.I.C. ontem e pude perceber a cara de espanto do pessoal de lá ao me ver pela 4a vez em poucos dias (e com tantas doações). Só sei que quando sai de lá tive a sensação de dever cumprido - por ter doado coisas que não usava e por ter escolhido quem realmente necessita daquilo tudo para receber os donativos.

Agora a casa tem mais espaço e o Lucca ainda tem um monte de brinquedos. Mas ele também percebeu que o excesso não é legal, que não faz bem pra ninguém.

A energia está fluindo de novo por aqui. Talvez seja para acompanhar todas as nossas mudanças.


OBS: a expressão utilizada no título era de uma empregada que tivemos, quando ela se referia às coisas que ela não queria mais. Daí ela "dava embora" tudo aquilo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Selinho!


Recebi este selo da minha amiga Carla, do blog Um Mundo Pra Chamar de Nosso e preciso cumprir algumas regrinhas aí.
São elas:

1. Ao receber o selo, listar 7 coisas que te fazem sorrir.
2. Indicar o selo a 7 blogs que fazem você sorrir.
3. Informar aos blogs indicados que eles receberam o selo.


Vamos a lista:


1- O sorriso do meu filho.

2- Morar sozinha, mas ainda ter que cuidar do meu irmão do meu filho.

3- Decorar minha casa de acordo com o meu gosto!

4- Fazer meus artesanatos.

5- Dirigir em qualquer estrada (só o fato de ser estrada significa que estou saindo da cidade).

6- O carinho dos meus amigos.

7- Saber que quem eu amo também me ama.


Para receber o selo, indico:


- Compoteira;

- Trinta e poucos anos;

- Corporativismo Feminino;

- D´Além Mar;

- Inutensílio do Mundo;

- Eu Comigo Mesmo;

- Etc e Tal.


terça-feira, 10 de março de 2009

Desperate Housewife.


Hoje eu completo exatos 10 dias como dona-de-casa.

Meus pais se foram (para sua casa nova) e eu comecei, de fato, uma vida nova. Completamente nova e diferente de tudo o que eu jamais vivi. E confesso: é cansativa.

Quando o relógio aponta 22 horas eu tô morta, e vou pra cama me arrastando.

Aliás, a cama também é outra agora (maior, mais confortável). Pra quem estava acostumada a dormir numa cama auxiliar, daquelas que se escondem embaixo da outra, isso é o paraíso.

Outro detalhe: tenho televisão no quarto mas, diante do meu atual estado físico, fica ligada uns dez minutos por noite.

Daí, às 6h em ponto eu estou de pé, para levar o Lucca na escola.

Cansativo, mas juro, é muito melhor do que eu jamais poderia ter imaginado.

Herdei um apartamento montado, com móveis e eletrodomésticos, pratos, copos, talheres, tuppewares - todos usados. Mas estamos providenciando para que sejam trocados, aos poucos.

Pra começar, a decoração foi completamente modificada. Tirei quadros antigos, os muitos porta-retratos que minha mãe insistia em manter sobre um móvel. Investi em pequenas peças, coloquei alguns artesanatos que eu confeccionei. Minha coleção de imagens de São Francisco de Assis tem agora mais espaço

Resgatei uma colcha rendada, que servirá de manta para o sofá. Também pintei alguns quadrinhos, coloquei fotos novas, velas em locais estratégicos.

Agora minha sala tem flores, que serão constantes e consagradas.

Além disso tudo, herdei também a "guarda" do meu irmão, o Fábio.

Ele tem sido meu companheiro nesses dias de ajustes, adaptações. Estamos juntos, e com uma vontade enorme de crescer e, diante dos pequenos obstáculos do nosso cotidiano, amadurecer e seguir nossas vidas.

Aliás, descobri que ele é mais do que um irmão mais novo ou o padrinho do Lucca. Talvez porque nunca tivemos a chance de estarmos tão próximos, por questões de ideias, idade, personalidades, mas hoje somos grandes amigos.

E por falar em Lucca, ele também está se adaptando. Tudo é muito novo para ele, que vê as novidades ainda com seus olhinhos verdes cheio de desconfiança. Mas me disse que está feliz só porque eu estou em casa em tempo integral, cuidando dele.

A vida segue para frente.

Agora eu cozinho todos os dias (arroz, feijão, carne, salada), lavo roupas, passo roupas, arrumo as coisas.

E quando tranco a porta, à noite, antes de dormir, tenho a sensação de que o mundo é meu. Pelo menos, dentro da minha nova casa.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pequena(s) morte(s). Ou simplesmente o amanhecer.


Hoje foi o primeiro dia de um novo ciclo.

Quando o Sol ofereceu seus primeiros raios eu tive a certeza de que ocorreram pequenas mortes. E eu pude sentir o luto e vestir meu luto para respeitá-las.

Velei a noite toda algo que estava inerte, morto. Embora ainda sentisse sua energia, já não havia mais vida ali.

Só sobraram lembranças, memórias, algumas sensações. Nesse momento só existe a dor e um certo luto.

Ele se foi.

Por muito tempo ainda o amanhecer será o aviso de sua partida. Meus olhos delatarão minha dor. Meus suspiros subirão aos céus e te alcançarão. Há um poeta que diz que o suspiro é a escada rolante da memória. Meu amor irá até você - seja de elevador, escada, corda, balão - ele te encontrará em qualquer lugar que você esteja. E levará minha saudade.

Enquanto isso eu estarei aqui guardando meus sentimentos.

Porque não cabe o que tem de bom dentro de mim.

Porque a morte não é o fim. E, afinal, essa foi uma pequena morte.

E porque eu torço para que o recomeço esteja logo após a próxima curva e que eu te reconheça pelos seus olhos.


"Feliz daquele que reconhece seu grande amor apenas pelo seu olhar".