terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A.I. 5 ou recado.


Fui censurada.

Achei que essas coisas aconteciam somente com aqueles que mexiam com figurões da política, ou com "coronéis" de qualquer segmento.

Mas aconteceu comigo.

No fim do ano passado postei um texto falando sobre o orgulho que sinto do meu pai e contando sobre as dificuldades que passamos ao longo de quase três décadas. Dificuldades que ele superou uma a uma com maestria.

Daí que escrevi um parágrafo mencionando - vejam bem, mencionando - algumas de suas conquistas materiais, sem dar grandes detalhes, e fui censurada. E eu só queria amarrar meu argumento com um gran finale.

A desculpa para a censura esbarra na questão da privacidade, que esbarra na questão da violência e que esbarra na questão da ordem e dos bons costumes.

Ouvi alguns desaforos e daí tirei hoje o tal parágrafo do texto, conforme a "solicitação" do meu censor. E a minha intenção era expor, aqui, e de forma muito positiva, aquele que é um dos meus maiores exemplos de vida.

Talvez seja difícil para outras pessoas saber que eu amo meu pai e que ele, do jeito torto dele, também me ama. E que não cabe mais ninguém - de fora - no meio dessa relação.

Fui dormir repensando certos conceitos, assim como algumas relações humanas, que são cheias de sombras de pessoas que sobrevivem da inveja e do ciúme.

Ao acordar hoje ainda estava com raiva do real mandatário da ordem de censura. Com o passar das horas pude perceber que sou melhor do que essa pessoa, sem nenhuma modéstia mesmo.

Eu sou assim, desse jeito que vocês estão acostumados a ler/ver: se estiver triste não vou publicar uma piada, se estiver feliz, meu texto não será sombrio. Se eu precisar de socorro, vou gritar e estender a mão, se tiver alguma coisa boa pra passar, tenham a certeza de que estará aqui também.

O meu censor queria que eu deletasse o blog. Pensei em até enviar a ele os emails que recebo de gente de todo o tipo, me incentivando, me elogiando ou até mesmo me criticando com o firme propósito de fazer com que eu cresça ou só contando que meus textos tocam fundo no coração. E olha que eu sou só mais uma na blogesfera.

Desisti da idéia.

Amo escrever, amo saber que tenho leitores fiéis, e que viraram amigos que são escudeiros de verdade. Amo a minha liberdade de expressão.

Já me fizeram ficar em silêncio muitas vezes, mesmo quando minha alma berrava dentro de mim. Mas dessa vez não vão me calar.

Porque não cabe o que tem de bom dentro de mim.
Principalmente no quesito caráter e honestidade, já que não me escondo atrás de outras pessoas para emitir minha opinião.

Um comentário:

Francisco disse...

Amiga querida!
Me dá o nome e telefone do "censor", que vou dar um jeito nesse cara... rsrs
Mexeu com amiga minha, tá fud...!

Beijos!