domingo, 12 de junho de 2016

Cadê você?



Ele nunca me pediu em namoro mas eu aceitei desde o dia que o vi, naquela bendita coletiva de imprensa. 
Ele nunca me chamou de namorada, mas esteve comigo nas fases mais difíceis que passei, nos dias em que não fui legal com ele. E nos momentos em que lhe restava me abandonar, ele escolheu seguir comigo. 
Ele nunca diz "eu te amo", mas ele me ama sim!
E eu sei porque seus lindos olhos dizem, suas mãos entrelaçadas nas minhas dizem, seus dedos nos meus cabelos dizem também. O seu corpo inteiro diz que me ama. 
Ele diz "eu te amo" em cada "Bom Dia", em cada "Cadê Você", a cada "Pensei em Você", e em todas as playlists que ele gentilmente pede para eu ouvir. 
Ele diz "eu te amo" quando pega o violão e toca Luz dos Olhos, ou Quase sem Querer, ou All I Want is You, do U2, só pra mim, que sou sua plateia mais exclusiva e cativa. 
Ele me dá todo esse amor com cuidados diários. 
Ele cuida da minha alma. 
Ele também cuida da minha vida me empurrando pro meu melhor futuro, fazendo com que eu enfrente e vença meus monstros diários e os fantasmas da minha história. 
Ele pôs doçura em minhas palavras e regula meu tom para que eu nunca mais saia do tom. 
Ele é meu exemplo de foco, de determinação, de persistência. 
Ele é minha alegria off-line, a vida real em  muitas horas de entrega em que o mundo é só nosso. 
Ele é minha melhor gargalhada, o meu suspiro mais profundo, o frio que sobe na espinha, as tais borboletas no estômago, a melhor espera, a maior ansiedade, a minha dúvida e a minha certeza. 
Ele é, sim, tudo isso. 
E eu sou a mulher mais feliz e completa do mundo por ter ele ao meu lado. 
Feliz Dia, Baby!
#teamobeijotchau
❤️

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Do tempo - o meu e o seu

Acelera esse relógio e me alcança que ainda dá tempo. Vem!
Vivemos dias insanos ultimamente. 
Talvez seja a tal crise que anda arrastando os dias e engolindo os ânimos, talvez seja o excesso de informação que nos enfiam goela abaixo e daí temos que mastigar, digerir e regurgitar, às vezes. Talvez sejam as nossas escolhas, nessa mania absurda de viver achando que sempre cabe mais alguma coisa. Só que não cabe. E daí nossos dias passam como maratonistas quenianos, numa corrida de obstáculos sem fim. 

Quando se vê, já foi mais um dia. Quando se dá conta, já é hora de levantar.

E nessa roda de escolhas da vida, a parte do pessoal-emocional vai ficando pra trás. 
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Às vezes até rola um encontro fortuito aqui, outro acolá, um sábado inteiro ao lado de alguém legal, ou uma tarde de domingo inesquecível. Mas nada além disso, porque, afinal, não sobra tempo. E o que sobra não se pode perder em devaneios para novas escolhas.Não cabe pelo simples fato que não queremos que caiba. E mesmo que caiba (porque se apertar um pouco cabe sim), há um fator decisivo: abrir mão de algo em detrimento ao outro. Porque o novo requer compromisso (palavrinha que assusta já de saída e que trava muita gente em novas tentativas), espaço e tempo. E como lidar com isso, com o tal do timming?

Daí entram todas as desculpas que se fantasiam com as vestes desse senhor: não tenho tempo, não vai dar tempo, eu não vou ter tempo, agora eu tô sem tempo... E assim a gente vai morrendo um pouquinho por dia - seja por desejar o tempo alheio, seja por negar esse tempo, mas principalmente por não se permitir ter tempo para questões elementares.

E mesma já mergulhei de cabeça no trabalho e me afundei no mar dos sem tempo só para fugir da realidade de uma separação dolorida. E me afoguei em sentimentos mal curados quando me vi, pela primeira vez na vida, com todo o tempo do mundo após uma demissão. Não havia mais viagens loucas de trabalho, reuniões intermináveis do outro lado da cidade, nem os plantões, nem as crises para gerenciar. Só havia me sobrado o tempo. Esse mesmo que me fez deixar passar pessoas interessantes, momentos que poderiam ter sido bacanas, experiências agregadoras e felizes. E depois de entender que é preciso equilibrar as escolhas e o relógio, passei a me permitir a ter tempo para viver, experimentar e ser feliz. E assim sigo.

Só que na prática nem tudo funciona assim. É raro quando os tempos que sobram coincidem e duas pessoas resolvem seguir juntas, de fato, além dos encontros fortuitos.

Há alguns dias notei, de fato, que nossos tempos não batem. Deve ser o tal do timming mesmo, porque não há falta de sentimento que justifique a distância, o silêncio e o freezer que se cria entre esses encontros. Engraçado notar que nesses momentos que estamos juntos o tempo para, o mundo para, só a gente que não!

Então eu desejo que você se encontre com o seu tempo, que reaja a ele, que tenha voz e pulso sobre ele. Que use esse tempo pra fechar, de fato, as feridas que ainda insistem em estar aí no seu peito, rasgando sua alma. O tempo cura, sim, tudo.

O tempo que faz passar dias e horas só não faz passar a vontade de você. Como lidar?

quarta-feira, 30 de março de 2016

Expectativa não é planta para ser criada

Plantas Epífitas

Certa vez, uma amiga postou algo interessante em sua página do Facebook: "Crie porcos e você terá bacon. Crie minhocas e você terá adubo. Crie peixes, e terá um aquário. Crie plantas e você terá um jardim. Você pode até criar um unicórnio, e dai terá uma bela imaginação. Mas aprenda: expectativa não foi feita para ser criada".

Na hora curti e ri, mas depois parei para pensar em como essa criação é perigosa. Expectativa é como samambaia: da noite para o dia aparece e quando se vê, já ocupou um latifúndio. 

Ainda estou tentando encontrar uma utilidade para as expectativas. Se são a causa daquele frio na boca do estômago num primeiro momento, depois de pouco tempo se tornam impossíveis de digerir. E aí a gente fica lá ruminando a incerteza.

Sim, porque Expectativa é a irmã mais velha da Incerteza e prima de primeiro grau da Esperança. Andam todas juntas, serelepes, lépidas e fagueiras. Às vezes se desentendem, mas na maioria do tempo articulam e agem juntas. E como num loop eterno, primeiro você espera, depois dúvida e dai volta a crer. 

Mas por que raios criamos as benditas expectativas se sabemos quão danosas são?

Primeiro e principal motivo: porque precisamos preencher vazios que nós mesmos criamos, e que não são, exatamente, carências. São aquelas pequenas coisas (ok, às vezes nem tão pequenas) que achamos que ainda nos faltam: uma nova paixão, um novo relacionamento, a promoção no trabalho, um prêmio que concorremos, o dia de sol naquela semana de frio e chuva, o reconhecimento por alguma ação que praticamos... 

A expectativa brinca com o possível, com o realizável, com o tangível. Só que a expectativa é planta epífita, daquelas que se apoiam em outras para ter mais luz e crescer. 

E é aí que está a segunda razão para a criação das expectativas: elas sempre, toda a vida, vão depender do outro. Enquanto houver apoio, sustentação, vontade ou necessidade do outro lado, elas estarão lá, crescendo felizes e brotando em cachos as flores da esperança. Mas vulneráveis com suas raízes expostas ao tempo

E de tanto apoiar minhas expectativas em frágeis galhos alheios, aprendi na marra que os bons frutos da expectativas só nascem se tiverem um solo certo e fértil, e se eu plantar suas sementes com minhas próprias mãos. 

Expectativa só vira realidade se houver atitude daquele que espera. Senão, é só mais uma samambaia que veio com o vento. 

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Se não puder falar, escreva

Ainda não tinha aberto novas páginas em 2016. 
Mas o horóscopo de hoje me mandou falar ou escrever. Logo para mim, que vivo isso em minha essência.
Há dias eu venho falando com algumas pessoas importantes, selecionadas, gente que é especial e cara para mim. 
Mas tem alguém que tem sido diariamente um parceiro de verdade, um amigo, quase um coach. Alguém que me tirou do limbo do medo de arriscar, fazendo com que eu percebesse que agora é a minha hora. 
Nunca com palavras fofas, nunca sendo bonzinho, quase me pegando pelo braço e chacoalhando (rs), mas sendo o cara mais legal que eu poderia ter por perto. 
Alguém que me bota diariamente diante dos meus monstros e me obriga a enfrenta-los, alguém que acreditava mais em mim do eu mesma jamais acreditei. Alguém que é exemplo de força e de foco, e que faz com que minha fé se renove a cada novo passo que dá. Ele consegue me por no eixo tirando meus pés do chão, me joga na realidade crua e dura, mas me faz agarrar meus sonhos e correr atrás das minhas realizações. 
Já lhe falei tudo isso ao vivo e por WhatsApp.
Mas hoje, e como meu horóscopo está pedindo, eu resolvi escrever. 
Muito obrigada por ter olhado pra mim há três anos, quando eu abri a porta daquela coletiva de imprensa e te vi também. 
E por mais que a gente brigue feito cão e gato, pessoas como você a gente leva pra sempre. 
Pra sempre mesmo.
Com amor,
Andrea