Há uns dias tenho escrito aqui sobre bem-estar, felicidade, mudanças significativas, etc.
No entanto, quando você está feliz, corre o risco de atrair olhares maldosos, de gente que não consegue obter o mesmo resultado, seja por incapacidade, seja por preguiça.
Acontece que a inveja corrói não só quem a sente, mas também que é invejado.
Assim como a ira, que destrói os dois lados, mesmo que um deles não esteja nem aí pro “babado”.
Ok... dá pra conviver com gente que nutre esses sentimentos, desde que sejamos muito superiores a eles e não nos deixemos entrar na mesma sintonia.
Mas dá um trabalho gigantesco...
Conviver com gente “pequena” deve fazer parte de algum tipo de provação.
Temos que estar alertas a todo o momento, driblando picos de felicidade que podem trazer a infelicidade alheia.
Ou o contrário – ter que esconder uma dor, um pesar, uma tristeza porque o outro se regozija disso.
E isso cansa.
Consome uma energia além daquela que temos pra passar o dia.
Faz a gente ficar mirabolando mil planos, mil estratégias de como viver, aonde por a felicidade ou a angústia. Passamos a agir como bonecos de cera, sem expressão alguma, porque incomodamos alguém!!!
Mais difícil ainda é quando esse “espírito de porco” faz parte da família.
Porque uma coisa é a pessoa ter atitudes erradas, falhar, cagar e sentar em cima, mas ter um coração sem o propósito de fazer o mal.
Outra é vibrar com cada erro do adversário, ser maquiavélico.
Desmoronar, com pequenas atitudes, a torre do outro, erguida com sacrifício.
Mais ainda – sofrer da tal cegueira das circunstâncias já citada aqui anteriormente.
Pessoas que não conseguem ser felizes têm o péssimo hábito de enxergar a vida de acordo com suas frustrações. Acabam pintando o seu mundo tão particular com as cores da fantasia e apoiam-se em ilusões e coisas do passado, além de criar situações embaraçosas para seus oponentes, desenvolver doenças imaginárias e uma aura capaz de fazer os mais desavisados sentirem dó.
Têm mania por limpeza, organização. São versões pirateadas de Atlas, o monstro mitológico que carregava o mundo nas costas. Têm uma paranóia constante com a ética social e moral e se cobram toda hora com o bordão “o que é que os outros vão pensar, meu Deus!”.
Gente assim não tem jogo de cintura, não sabe perder.
Não conhece também a delícia de um blefe, de uma aposta no escuro.
O pior é que essas pessoas sempre estão nos forçando a conviver com isso.
É preciso fechar olhos e ouvidos, fingir que aceita, que entende e sair de perto o mais rapidamente.
Nesses momentos a paciência se torna o item número 1 para conseguirmos chegar no amanhã sem muitos arranhões.
Mas disso tudo vale uma lição.
Mesmo vivendo em constante estado de alerta é preciso saber dosar as atitudes. É fundamental moderar, tolerar, ceder (opa! olha os sapos aí!!) e pensar muito no outro.
Senão corremos o risco de entrar no mesmo vício, fazendo do erro alheio o “start” desse ciclo interminável.
E mais: conhecer a tênue linha de fronteira de onde termina meu território e de onde começa o do outro só reforça a capacidade de entendimento de cada um.
E haja entendimento!
Um comentário:
Amiga, amei o seu blog!!!
Vou passar sempre por aqui...
Bjs,
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