terça-feira, 11 de novembro de 2008

Pra você, que já me deu tanto


Você, que está na minha vida há tanto tempo, talvez nem perceba hoje em dia a sua importância no desenrolar dos meus caminhos.

Você, que me ouve há tempos, talvez nunca tenha escutado aquilo que lhe era mais caro, mais necessário.

Você, que há tanto me conhece, talvez não saiba o quanto lhe sou grata por tantas coisas. Por tantos dias, por tantas tardes, por tantas noites. Pelo silêncio, pelas palavras, pelo olhar.

Você, que corre com sua vida paralela a minha, talvez não entenda a importância da amizade para mim. E com isso, não enxergue que você é minha amizade mais preciosa.

O tempo foi passando e com ele algumas gentilezas e carinhos ficaram para atrás. Presos na memória como uma colcha de retalhos colorida.

Deixei de te ouvir não porque tivesse deixado de te querer bem, mas porque estava implícito o meu sentimento. Pelo menos para mim.

Não pense você que não lhe sou grata ou que não reconheço o que de bom já deu pra mim.

Mas também não imagine que eu tenha apagado algumas coisas que me machucaram. Porém, até estas serviram para que eu crescesse.

Por isso, para você, que já me deu tanto, dou o que tenho de melhor em minha vida: minha lealdade.

E antes que não dê mais tempo, meu muito obrigada por tudo. De coração.


*************************************************************************************


Parafraseando Drummond:


E agora, José?

Sua doce palavra,

seu instante de febre,

sua gula e jejum,

sua biblioteca,

sua alma de ouro,

seu terno olhar,

sua carência,

sua inocência,

sua vida – e agora?

Só me resta o muito obrigada!

2 comentários:

Rafael Cury disse...

Certa vez escrevi sobre isso. Aí vai:

Migalhas

Sabores
Olores
Cores
Por onde andam?

O prato
A ceia
O trago
Para onde foram?

O riso
O gozo
O sarro
Por que sumiram?

Sobram palavras
Restos imortais do amor

D.Ramírez disse...

é...e agora josé..
passando, conhecendo e ficando;)