sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

TROFÉU DO AMIGO


Esse selinho aí do lado é presente da CARLA (do blog Um Mundo pra Chamar de Nosso)!!

Regras deste selo: Esse é o Troféu do Amigo!!
Esses blogs são extremamente charmosos.
Esses blogueiros têm o objetivo de se achar e serem amigos. Eles não estão interessados em se auto promover. Nossa esperança é que quando os laços desse troféu são cortados ainda mais amizades sejam propagadas.
Entregue esse troféu para oito blogueiros(as) que devem escolher oito outros blogueiros(as) e incluir esse texto junto com seu troféu!!
E os meus escolhidos são seis apenas (porque O Asas Novas e o Eu Comigo Mesmo já foram premiados!!):


Para Francisco


D´Além Mar


Inutensílios do Mundo


Compoteira


Achados do Dia


Entre Outras Atividades


Achados do Dia.


Ontem eu recebi um email de uma pessoa que não vejo há um tempinho.

Nós trabalhamos na mesma agência há uns anos e ela, que se chama Lilian, já era fashion (e muito divertida também).

Daí que nesse email a moça não só divulgada seus blogs como também disponibilizava um novo serviço: o de personal garimpeitor.

Hã? O que?

Isso mesmo: personal garimpeitor.

Ela adora fazer compras e está sempre antenada nas melhores e mais bacanas promoções das lojas mais descoladas da cidade (no caso, São Paulo). E a cada nova descoberta, a Lilian postava lá no blog.

Diante disso, ela resolveu expandir sua expertise e passou a oferecer os seus serviços de farejadora-master para nós, que não temos tempo ou faro necessários para tal empreitada.

E daí que nasceu o Bazar dos Achados.


Fica aqui meu convite para visitarem os blogs da Lilian:






E, quem sabe, já encomendarem umas roupinhas, hein?!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Inadequado.

Já teve vontade de sumir, de desaparecer em segundos?
Já teve vontade de gritar mas não pôde fazê-lo porque ou não era adequado ou não tinha voz?
Já teve vontade de chorar mas as lágrimas não cairam? Ou de para de chorar e os soluços intermináveis impedirem?
Já teve também a sensação de precisar dizer sim mais do que qualquer outra palavra e simplesmente não poder? Ou o contrário: oferecer um belo e sonoro não e ser impedida de fazê-lo?
Pois é assim que as coisas andam hoje.
Ter que segurar a minha força interior, que grita em alto e bom som para ser utilizada, validada, não é fácil.
Seguro hoje a minha vontade de virar a mesa, mudar o jogo, dizer verdades para quem se omite da realidade.
Encontrar o caminho de olhos vendados podia até ser mais fácil se as minhas mãos não estivessem presas às minhas tarefas. E abrir mão nesse momento é um risco. E tudo o que eu não preciso agora é de mais insegurança. Muito menos de quem não esteja disposto a me ajudar.
Porque, de negativismo e egoísmo, o meu mundo está cheio.
Por isso hoje eu choro sozinha, sumo sozinha e grito, dentro de mim mesma, sozinha.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Boa-nova


No fim da tarde de hoje recebemos um telefonema com uma boa notícia.

Era o Danilo, meu primo-irmão, anunciando que vai ser pai pela primeira vez.

Ficamos emocionados.

Falei com sua esposa, a Lu, e depois com minha tia (mãe dele).

Todos nós vibramos muito.

Será o quarto bisneto da Vó Nora e do Vô Mello.

É uma felicidade que não se explica, mas que toma conta da gente por inteiro.

Primeiro porque é a continuação da vida, da família.

Depois porque o Danilo é mais novo do que eu uns quatro anos e daí que ainda o vejo como um molecão, daqueles bem arteiros.

Vê-lo como pai me enternece.

Fiquei imaginando se o bebê for um menino: talvez tenha os mesmos olhos azuis e cabelos loiros que ele tem.

Se for menina será daquelas danadas, arteiras com cara de anjo e com a delicadeza da Lu.

Bem, mas isso não importa.

O que vale é que o baby está chegando numa família que já o ama muito. Desde o momento em que ele foi desejado.


"Anjinho, seja bem-vindo. Porque você é a nossa boa-nova"


sábado, 24 de janeiro de 2009

Um menino lindo


Um menino lindo. É assim que eu defino o Zé.

Embora ela já esteja bem perto dos 40, enxergo esse homem como um menino. Um lindo menino grande.

Ele tem olhos de libanês, com uma expressão e profundidade incríveis. Ele não precisa abrir a boca pra falar nada: seus olhos entregam. Eu amo aqueles olhos.

Aliás, ele é todo libanês. Nariz adunco, rosto forte, alto, magro. Gosta tanto de comer, como de namorar. Preza por rituais, é sistemático, tem um amor profundo por suas coisas (mesmo que seja um porta-retrato). Isso tudo o faz parecer um menino de cinco anos, que ama cada carrinho que possui.

Ele também já fez de tudo na vida: foi vendedor, corretor, trabalhou em escritórios, fez faculdade de direito, teve lanchonete. Só não foi astronauta porque tem medo de voar. Tal qual uma criança, ele já quis ser tudo. Já sonhou ser tudo.

Também praticou muitos esportes: basquete, futebol, natação, tênis de mesa, skate. E nesse último ele era mestre. Os amigos contam de uma manobra que ele fazia descalço e que ninguém conseguia copiar. O nome da manobra eu não me lembro direito, mas sei que tem a palavra impossible no meio. Ele foi o herói de sua turma, uma espécie de mito ou superstar. Coisa de moleque mesmo.

Ele gosta de ser livre. Embora precise de um canto fixo, pra voltar todos os dias, ele tem necessidade de liberdade (como uma criança num parque).

Ele é agitado, não pára nem por um instante, faz mil coisas ao mesmo tempo e tem tempo pra tudo.

Ele é engraçado, tem um humor irônico. É estabanado, atrapalhado. Mas também é gentil, cordial com as pessoas.

O Zé ama os bichos - cachorro principalmente - e as plantas. Conversa com cada vaso, dá atenção a cada vira-latas na rua.

Às vezes, ele parece uma fortaleza. Às vezes, é pura gargalhada.

Mas hoje o Zé chorou.

Chorou de dor, de tristeza, de dúvida.

Chorou por ter a angústia de não poder fazer mais nada diante de um grande problema. Talvez o maior de sua vida. Chorou por fazer o melhor todos os dias e isso ainda ser pouco. Chorou porque talvez o fim deste problema esteja muito próximo e o "dali pra frente" seja uma grande incógnita.

Chorou como um menino que perde de vista a mãe no meio da rua por alguns instantes. Chorou por estar sozinho. Por se sentir sozinho.

Uma multidão alí não abrandaria a sua dor. Nem faria sumir sua solidão.

E eu assisti isso tudo de longe e chorei por não poder estar perto para dar algum conforto emocional a ele.

Porque um menino lindo, como ele, precisa mais do que um simples colo: precisa ouvir que vai ficar tudo bem. Porém, isso quem poderá dizer será ele mesmo. Com toda a sua força e fé de que vai, realmente, ficar tudo bem.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Re-construção.


O edifício tinha 34 anos.

Suas estruturas físicas levaram cerca de 16 anos para ficarem prontas. No entanto, o acabamento nunca havia sido concluído.

Também pudera. Nos últimos 10 anos o prédio passou por intervenções contínuas, que culminaram em goteiras, infiltrações, trincas, lascas e abalos em toda a estrutura.

O acabamento - a princípio, de fino revestimento - tornou-se feio, antiquado, cheio de remendos, tal uma colcha de retalhos. Ao longo dos anos muitas peças foram se soltando das paredes, expondo concreto armado, vigas de sustentação, vergalhões - sendo que a maioria já estava em processo de corrosão.

Por fora a edificação parecia inteira. Talvez porque muita gente ainda vivesse lá. Mas na verdade, o prédio era um amontoado de coisas, que pertenceram a antigos moradores, locatários de outros tempos. O proprietário já nem mais reconhecia sua propriedade, tamanho o acúmulo de bugigangas, tranqueiras e lixo.

Em cada canto que se olhasse, era possível perceber rastros da construção original, misturados com elementos de cada época vivida naquele lugar. O resultado era um mosaico de sucatas, exatamento como num ferro-velho. E pensar que tanta coisa tinha acontecido em seu interior ao longo de três décadas: logo no início, aos 9 anos da obra, um acidente quase acaba com o que seria a fachada. Porém, especialistas foram ágeis e, a princípio, apenas três janelas ficaram danificadas. Anos depois foram reconstruídas.

Depois vieram os acabamentos: pinta, corta, pendura, fura, aumenta e diminui. A fachada foi retocada muitas vezes e, posso afirmar com convicção, ainda não está concluída.

Quanto ao interior o caso foi o seguinte: como o espaço é amplo, e até mesmo confortável, muitos locatários passaram por lá. Houve um tempo que dois ou três dividiam os ambientes, porém, cada um em seu cômodo. Claro que conflitos surgiam e, quando a coisa chegava aos extremos, um acabava sendo expulso.

Também teve um outro que ficou oito meses por lá. Exatas 36 semanas se preparando para uma excitante aventura. Acontece que ele saiu antes, já que o combinado eram 40 semanas. O mais incrível foi que o proprietário não ficou bravo, nem ressentido, muito menos aplicou multa pela quebra de contrato. Ele ainda preparou um terreno ao lado de seu edifício para que o ex-morador construisse suas fundações.

Mas, daí por diante, a construção ficou desprotegida. O proprietário do edifício passava mais tempo apreciando a obra de seu vizinho - aquele que havia sido seu locatário - que não mais filtrava quem quisesse morar ali. E com isso muita gente foi se alojando. Todos os tipos, de todas as índoles, credos, idades. O resultado foi que o belo prédio virou um cortiço.

O patrimônio mais importante - e único - daquele proprietário estava degradado. A solução era expulsar quem já não mais pertencia aquele lugar e dar um novo abrigo para quem realmente cuidava de seu espaço, como se fosse seu.

E assim está sendo feito, antes que as ruínas desabem e venham ferir transeuntes, moradores e gente inocente em geral.

O prédio passará por uma reconstrução. Na verdade, terá seu interior quase que todo demolido. A estrutura que o mantém de pé será reformada e alguns afrescos de sua concepção original serão restaurados.

Enquanto isso, quem ama esse lugar assistirá de fora toda a mudança. E, assim como o proprietário, acreditam que será para muito melhor. Quem sabe, um dia, o prédio se tranforme num oásis...


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O que?


Ontem, durante a minissérie Maysa, a protagonista leu a letra de uma música - escrita e composta por ela.

Intitulada de "O que", a canção trata de alguém que procura algo, mas não se sabe bem o que...

Esta sou eu hoje. E talvez seja eu por mais um bom tempo.

Porque me faltam limites nesse meu latifúndio. Faltam cercas para que eu delimite minhas emoções e situações.

Porque nem eu mesma sei o que estou procurando, de canto em canto buscando...


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O que
Maysa

O que que eu estou procurando
No vago aflita olhando
De canto em canto buscando
O que
De noite a lua assiste
Que eu fico ainda mais triste
E saio pra rua andando
Procurando mas o que
Talvez se um dia eu achasse
O mundo depressa tirasse
E eu não conseguisse nem ver
Mas o que
Que eu estou procurando
No vago aflita olhando
De canto em canto buscando
O que?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Caçador de mim.

"Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra."
(Rubem Braga)


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A cada manhã, ao acordar, percebo que ando diferente. Principalmente nesses últimos dias.

Não sei se ainda é a ressaca emocional da virada de ano, com toda sua força e energia, mas algo dentro de mim anda gritando. O engraçado é que ainda não decifrei a charada.

Estou imbuida de forças para realizar mudanças. Porém, acertar o caminho e o compasso não é tarefa das mais fáceis.

Nesses últimos dias tenho acordado em dúvida. Persegui sonhos com tanto afinco nos últimos anos e, agora que tudo está prestes a se concretizar, não vejo mais sentido neles. Preciso de uma nova caça, um desafio, uma provocação.

Confesso: ando meio broxada, sem tesão. Tenho aplicado o recurso do "hoje tô com dor de cabeça" pra não ter prazer. Em nada. Embora tantas coisas estejam acontecendo ao mesmo tempo, tantas oportunidades futuras estejam se desenhando.

Mas, diante de tantas novas possibilidades, me deparo com a dúvida: o que escolher? O que relevar em meio a tantas opções?

Os conselheiros de plantão dirão, certamente, que deve ser "um passo de cada vez". Mas como seguir andando, assim, pé ante pé, se me sinto caçada por mim mesma? Nesse meu novo mundo o tempo é pouco e a velocidade que minhas dúvidas correm é assustadora. E olha que o território dentro de mim é vasto - quase um latifúndio.

Hoje acordei questionando tudo, desde os 12 anos de profissão até mesmo as escolhas emocionais que se tornaram muletas para meus defeitos e incapacidades. Ou medos. Sei lá...

O fato é que não achei saída, nem resposta.

Encontrei apenas essa frase do Rubem Braga.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Placebos e Paliativos.

pa.li.a.ti.vo
adj (paliar+ivo) Que serve para paliar. sm 1 Medicamento que tem eficácia apenas momentânea. 2 Algo que somente entretém e prolonga um desejo ou uma esperança.

pla.ce.bo
sm (lat) Substância ou preparado inativo, outrora receitado para comprazer ao doente, agora também usado em estudos controlados para determinar a eficácia de substâncias medicinais.
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Desde o ano passado estou procurando uma forma de cuidar mais de mim. A primeira atitude foi ceder à gritante necessidade de ter um apoio psicológico.
Não. Não sou psicopata, esquizofrênica, maníaca-depressiva. Apenas precisava de um ponto de apoio para reencontrar meu eixo, ter de volta meu equílibrio. E foi o que eu fiz e também já relatei aqui.
Como resultado desse trabalho, outras necessidades surgiram. Porém, dentre todas elas existe uma que urge, que grita e que não dá mais para postergar. Preciso - urgentemente - cuidar do meu corpo.
Acabei me acostumando com o meu tipo físico - baixinha e bunduda - e via na idade e no perfil genético uma desculpa atrás da outra. Daí os quilos a mais foram chegando, os números do manequim saltaram para outra dezena e eu fingi que não vi nada disso. Conclusão: não estou me sentindo bem assim, do jeito que estou.
Calma! Não virei uma obesa mórbida. Acontece que, depois da gravidez, alguma coisa mudou mesmo no meu corpo. Não sei, mas parece que seios e quadris ganharam reforços e, assim, algo que antes era aparentemente sem graça tomou 'corpo'.
Os anos foram passando (o Lucca vai fazer 9 anos mês que vem) e eu me acostumei a isso. Nesse percurso tive algumas crises e fiz dietas malucas que elimiram 8 ou 10 quilos de uma vez. Tudo a base de remédios com retenção de receita na farmácia. Ao mesmo tempo que emagrecia, ficava louca, agitada, não dormia!! Quando acabava o período dos medicamentos, o tormento voltava (junto com quilos a mais, é claro).
Por isso decidi olhar com olhos criteriosos minha situação. Chega de atitudes paliativas ou de placebos emocionais. Não preciso dessas muletas, afinal. Não quero mais me enganar e sofrer depois. Porque eu estou sofrendo sim. Nunca havia me incomodado tanto como agora.
É preciso mudar. E para isso será preciso enfrentar uma grande luta comigo mesma. E as armas são velhas conhecidas: obstinação, paciência (que eu descobri ser uma grande virtude minha!!), organização e muito foco.
Vou começar eliminando o sedentarismo. Já passo quase dez horas sentada, trabalhando num escritório bem próximo da minha casa. Outras oito são gastas com o sono. Sobram seis, todos os dias. Desse tanto, preciso apenas de 50 minutos comigo mesma com uma atividade que já gosto muito: andar. E se tudo der certo (como desejo que dará), daqui a um tempo será correndo. Porque tenho um sonho de correr uma maratona.
Outra mudança será na alimentação. Penso que abandonar velhos hábitos só me farão bem. Tenho consulta agendada com uma nutricionista para me orientar nas escolhas. Além disso, há o prazer de experimentar novos sabores, combinações. Novamente aqui vejo a mais absoluta necessidade de organização e força de vontade. E com o equilíbrio emocional nos eixos, tudo será mais fácil, e até mesmo mais natural.
Não pretendo me tornar a próxima capa da Playboy, mas quero me olhar no espelho daqui a uns meses e me sentir bonita, sexy, desejada. Por mim mesma, antes de qualquer outra pessoa.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pra me explicar, Fabrício, de novo...


Peço licença aqui para, mais uma vez, usar as palavras do escritor gaúcho Fabrício Carpinejar.
Ele não me conhece e eu também nunca o vi. Mas parece que ele, lá de longe, lê meus sentimentos e sente minha alma. E o que ele escreve me descreve perfeitamente, me desnuda, faz cair minhas máscaras.
Ontem ele postou o texto "Partilha dentro de mim" e hoje eu fiquei assim, sem palavras. Por isso posto aqui a parte que mais de me tocou.
Quem quiser ler o todo, o link é: http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/
"... Na separação, o difícil não é partilhar os móveis, os quadros, a prataria, as fotografias, os cds. Isso se mantém ou se abandona. No inventário do amor, a dor é dividir as lembranças. Sofro de insônia constante por não desembaralhar os pesadelos. Desisti de entender seus significados.
Dilacerada é a partilha dentro de mim, ainda mais quando não se viveu um minuto isolado. Uma viuvez em vida enlouquece.
Vou entrando nos quartos mais recônditos e limpando a memória secreta do olfato. Tirando o pó, espanando cenas incrivelmente intensas, que não reconhecia antes porque coloquei no modo offline do passado. Duvido que minha ex-mulher também consiga dizer que a experiência é dela ou minha. Não dá para apontar e distribuir a matéria nervosa da recordação com justiça. Como carregar aquela viagem da Serra e ceder o veraneio em Fortaleza? Como oferecer a tensão da primeira incompreensão e trazer o alívio dos braços se encostando na mesa?
São dos dois, indivisíveis, como um filho que desperta disposto e objetivo do meu jeito e adormece dengoso com o temperamento dela.
As fotografias que não foram feitas não podem ser rasgadas. Despedir-se é aceitar que o vento na janela lava o rosto, não o apaga."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O ócio e a obrigação


Estou de férias.

Depois de muito trabalhar nesses últimos tempos, consegui duas semanas (Ohhh!!!).

A primeira foi gasta na praia, durante a virada de ano. Como São Pedro não colaborou, fiquei procurando coisas para fazer e, claro, atendendo ao Lucca, que queria ir na piscina, na praia, na pracinha, na sorveteria, andar de bicicleta, o dia todo.

Depois que ele dormia (sim, ele dormia... graças a Deus) eu ia bater papo, dar risada, ver os amigos e daí caía na cama lá pelas 3 da manhã todos os dias também.

Ok, eu ainda me mantinha acelerada e não saí do ritmo louco que sempre enfrento.

Conclusão: embora tenha sido muito legal, fiquei mais cansada do que eu já estava.

Já a segunda semana será em São Paulo. E o que eu achava que seria tranquilo, está virando um pesadelo!!

Tudo pelo simples motivo de que aqueles que não estão de férias implicam com o ócio alheio.

Está impossível ficar sem fazer nada, sem ter nenhuma obrigação a não ser descansar.

Já impuseram uma série de atividades pra mim, claro, com o objetivo de manter o Lucca entretido.

Mas esqueceram de perguntar se eu quero isso...

Ontem, por exemplo, arrumei minhas coisas a passos de caramujo e só fui tirar o pijama às 13h30 porque tinha que almoçar. Também não vi a cara da rua.

Li minhas revistas, li os blogs que eu acompanho, respondi emails, vi tevê (lá na praia fiquei uma semana sem tevê e sem jornal). Tudo sem culpa, sem horário, sem obrigações.

Tive algumas idéias para umas novas peças de artesanato, idéias para textos e até mesmo para o meu trabalho (sim... é difícil me desligar de tudo... mas um dia eu chego lá...).

Tudo à base do ócio.

Hoje vou ao cinema assistir Madagascar 2 porque eu quero!! O Lucca preferia assistir um tal de Super Cão. Dessa vez vou satisfazer a minha vontade. Depois vou até a casa da minha avó pra comer bolinhos de chuva e ganhar uns fartos carinhos.

Quem sabe, quando eu voltar, eu arrume a cama, e termine de guardar as coisas que ainda estão pelo quarto.

Sinto, nesse momento, a paz no caos.

E me deleito com a mais absoluta falta de obrigação.

Me alimento apenas do meu ócio. Criativo, diga-se de passagem...


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

No Promises.


Ao contrário dos outros anos, em 2009 resolvi não fazer promessas de reveillon. Nem simpatias: não comi 12 uvas, não comi lentilha, não comi romãs, não acendi velas, não pisei com o pé direito na hora da virada. Também não pulei as sete ondas.

Não tive uma crise de rebeldia. Ao contrário.
Passei de branco, pra simbolizar minha paz, e de amarelo, pra reverenciar o Sol, que vai reger 2009.

Nunca me vi tão madura para fazer escolhas e seguir minha intuição. Por isso não fiz promessas. Porque sei que não vou cumpri-las. Porque, talvez, não sejam minhas metas, nem minhas reais necessidades.

Na hora dos abraços, minutos depois da virada, e entre amigos muito queridos, ouvi votos de amor, sucesso, saúde, paz.

De outra pessoa ouvi também um "juizo em 2009, viu, mocinha".

Na hora fiquei muito brava porque o que eu mais quero são realizações!! Juizo... ora bolas... Depois pensei no caso. Talvez essa não seja a palavra, mas é preciso foco pra continuar na minha caminhada, afinal, fiz escolhas muito sérias.

Logo após a virada, a queima de fogos e o brinde de champagne com os amigos, fui até o mar agradacer minha vida e tudo o que aconteceu em 2008. Tudo mesmo: vitórias (que me fizeram continuar), tombos (que me fizeram levantar) e oportunidades (que me fizeram tentar de novo).

Pra não dizer que não pedi nada, mentalizei apenas que este ano novo seja assim, cheio de novas e boas oportunidades. Ah! e que não me falte forças, nem amor, pra recomeçar. Caso isso seja necessário.

Feliz 2009 a todos!!