Este ano não montamos árvore lá em casa.
Também pudera... com tantas caixas da mudança dos meus pais a coisa ficou difícil. Se bem que minha mãe já levou boa parte das "bugigangas" para o outro apartamento.
E para não ficar em brancas nuvens, colocamos uns enfeitinhos pra dizer que o Natal também chegou por alí.
Na verdade, tanto eu como meus pais gostaríamos de estar cada qual em sua casa, mas a demora na entrega dos móveis deles, o gesso que atrasou, o pintor que não foi no dia programado e mais uma série de outros imprevistos impossibilitaram o Natal na casa nova. Resumo da ópera: vamos ficar na minha (opa!) casa velha.
Tudo bem, tem Natal no Ano que vem...
Porém, acho que foi melhor assim. Vamos passar todos juntos, como sempre fizemos, desde que o mundo é mundo. Vamos ter tempo pra desejar que o espírito do Natal se faça presente e que todos nós possamos renascer para um novo ciclo de mais união e companheirismo entre nós.
Explico: meus pais vão se mudar e eu vou ficar nesse apartamento que moramos, junto do Lucca e do Fábio, meu irmão, que segue sua vida, em sua casa, lá para abril ou maio.
Vamos nos separar. Todos.
Vou experimentar, pela primeira vez, o sabor de ter que ligar para meus pais todos os dias para saber como eles estão. Vou saber como é chegar em casa e não ter tudo pronto, tudo arrumado, tudo certo. A única certeza que haverá será a minha absoluta falta de experiência nisso tudo. E juro, embora esteja com uma pontinha de insegurança (hehehe), estou adorando.
Outra certeza que tenho é que morar em casas separadas vai nos aproximar. Porque a distância é o termômetro da união: você tem que fazer um esforço muito maior para se manter atualizado, constante, próximo, unido de quem está longe (ok, nem é tão longe assim... é só um bairro).
Meus pais também vão sentir a mudança, ainda que o Lucca fique com eles após a escola e até eu chegar para buscá-lo.
Por isso, o Natal deste ano será especial: porque escolhemos de presente seguir nossas vidas em paz, delimitando nossos espaços físicos e emocionais. Porque escolhemos crescer, cada um em seu estágio da vida. Porque este é meu pontapé inicial para me firmar como mãe e não mais como filha.
Porque este é o primeiro passo para meus pais viverem aquela fase do "ninho vazio", não na sua conotação negativa, mas sim, com todas as possibilidades de serem muito felizes: conversando mais, permanecendo mais tempo juntos, não tendo filhos por perto para se preocuparem com 'quem vem jantar' ou se 'fulano come isso', ou ainda 'de quem serão essas meias?'.
Enfim, acho que a mudança deles não saiu porque tínhamos que comemorar este último Natal assim, juntos, como uma família só. A partir no ano que vem, eu vou fazer o pavê, o Fabinho vai assar o pernil e vamos levar para a casa dos meus pais, que vão nos receber com aquilo que eles têm de melhor: amor incondicional.
Além de uns bons vinhos, um espumante e mais todo aquele exagero de comida que eles insistem em providenciar, é claro.
Por isso, deixo aqui meus votos de Feliz Natal a todos!!
E que os presentes que vocês escolheram ao longo do ano sejam proveitosos e os façam muito felizes. E caso não sejam, que todos repensem em suas escolhas.
Beijo Grande,
Andréa
PS: já vou deixando essa mensagem porque amanhã ainda trabalho. E quando chegar em casa, vou assar um bolo de avelãs, fazer o mix de castanhas com frutas secas, cuidar para que o Lucca não abra nenhum presente antes da hora...
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